quinta-feira, 14 de maio de 2009

Beleza não é privilégio de poucos


Há poucas coisas que possamos dizer que fizemos sozinhos em nossas vidas. Somos frutos de uma história, de muitos investimentos, de grandes alegrias e inúmeras perdas. Com marcas ainda maiores, somos frutos de uma trajetória de buscas ansiosas, medos “terríveis”, imaturidades e inseguranças.

Como poderemos entender essa cruel ditadura que incide sobre a relação da mulher com o seu corpo. O culto à beleza, que em parte se manifesta em relação a saúde, exemplos: não fumar, não beber, não usar drogas, fazer atividade física e outras coisas mais, são exemplos que nos motivam à alcançar uma boa saúde. E são também esses exemplos que nos faz ver o tanto de sofrimento que existe quando à mulher feia tudo isso é negado. É preciso a libertação de feiúras internas para a construção de um novo corpo.

Ao abordar a relação das mulheres com seus corpos, ao denunciar a crueldade do estigma da feiúra, isso nos coloca face-a-face com a urgência de uma reflexão crítica sobre os parâmetros de humanidade de que estamos imbuídos. Na contemporaneidade globalizada, de um modo geral mas, em especial, nos contextos em que predominam os princípios da tradição ocidental e os valores da cultura do consumo.

De privilégio de poucos, a beleza passa a ter necessidade de muitos. Não uma beleza qualquer, mas uma beleza construída segundo alguns padrões bem determinados, ditados pelo próprio mercado, que define o corpo da moda. Novas tecnologias, novos produtos, novas técnicas de modificação e controle corporal _ que vão das oferecidas pelas academias de ginástica e institutos de beleza, às mais radicais, viabilizadas pela medicina cirúrgica _ surgem a cada dia para que as pessoas possam atender a essa exigência. Uma exigência estética que parece ser um passaporte privilegiado e, quem sabe até, exclusivo, para o prazer, o amor, enfim, a felicidade.

Na sociedade contemporânea, a ditadura da aparência nos diz que o corpo sarado e definido _ tido como belo _ é também o sinal exterior de uma beleza interior, de uma mente saudável, de uma internalidade “bem resolvida”. Então, beleza que faz a diferença é a verdadeira beleza. Ela nasce dentro de nós, cresce a partir de uma centelha de generosidade e tem o poder de mudar vidas e trazer esperanças às pessoas. Se as pessoas não se sentem bem em comunhão, em harmonia com o universo, como seriam belas e felizes? A sua busca é encontrar essa beleza dentro de vc, conquistando-a e deixando-a te tomar por inteiro, sentindo todos os benefícios positivos que ela nos dá. Que Prazer! O prazer de ter controle sobre o próprio corpo, de poder ter instrumentos dos quais lançar mão para intervir na construção da própria imagem; o prazer de investir na melhoria da própria auto-estima.

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