É na boa aparência, contraposta à pouca atratividade, que muitas mulheres se sentirão incluídas, ou não, no mundo da beleza.
A ciência aponta, inclusive, a cirurgia plástica como um fator capaz de gerar, simultaneamente, exclusão e inserção social. Com relação à variável de exclusão, são expressados sentimentos como o descontentamento e a vergonha em relação ao próprio corpo que, por sua vez, vinham acompanhados da sensação de baixa auto-estima.
A cirurgia plástica trouxe a sensação de liberdade, pois acenava para a possibilidade de exibir o corpo, sentindo-se bela e, portanto, mais feminina.
Uma constatação no tocante à gravidez: grande parte de mulheres apontam-na como responsável pelo "declínio" de seus corpos, e aquelas que ainda não tem filhos mostram-se antecipadamente preocupadas com os efeitos que a gravidez terão em seus corpos. Nesse sentido, a plástica figura como uma exigência cultural para "ser/continuar feminina" _ ser bela dói! Suportar algo doloroso em nome da aparência e da estética faz parte do que nosso imaginário entende como sendo um comportamento feminino.
Seria essa uma nova versão do ser mãe é sofrer no paraíso? Curiosamente, o atributo, da feminilidade _ a gravidez _ é vista como aquilo que as torna menos femininas, porque menos atraentes! Este é um discurso de caráter extremamente pessoal.
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