Existem várias hipóteses sobre a origem da prática da cirurgia plástica. Contudo, a mais aceita remonta à Índia como o primeiro país no qual se tem notícia de ter sido feita a primeira cirurgia desse tipo.
Nesse mesmo período de tempo ocorrem mudanças significativas no processo de emergência e valoração dessa prática. Duas delas merecem destaque: o surgimento de um processo de individualização, no qual a autonomia assume valor central na vida do sujeito, e a passagem de uma lógica religiosa, na qual até então o corpo era visto como dádiva divina, para uma lógica do livre-arbítrio. Com o fortalecimento da idéia de livre-arbítrio sobre a de determinação, temos como consequência o crescimento das práticas de intervenção estética. Assim, o remodelamento do corpo ganha o sentido de uma busca do sujeito pela autonomia _ uma espécie de tentativa de agenciamento de si mesmo, embora em busca de um ideal que lhe é imposto.
É nessa perspectiva que vemos as seguintes definições de cirurgia plástica: instrumento de autonomia do indivíduo em relação ao próprio corpo; agir para alcançar felicidade e harmonia; fim do sofrimento de não possuir o corpo desejado; alívio do sofrimento causado pela auto-imposição de padrões sociais de aparência; solução dos problemas de baixa auto-estima; alívio para o sofrimento internalizado de não corresponder às expectativas corporais ideais da sociedade. Estas são afirmações, mas cada uma é, em si, plausível para definir a cirurgia plástica.
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