A obesidade é, provavelmente, uma das mais antigas enfermidades das quais se tem notícia. Em toda a Antiguidade, registros que datam de mais de 20 mil anos comprovam a existência dessa debilidade metabólica. As evidências são inúmeras, e os primeiros registros remontam à pré-história, representando mulheres obesas, até os vasos incas, astecas e maias da América pré-colombiana. Ao longo da história, em toda a era pré-cristã, desde as múmias egípcias, passando pelas porcelanas chinesas, até as esculturas gregas e romanas, tudo isso atesta a continuidade da produção de imagens referentes à obesidade.
Nos primórdios da história da obesidade, ou seja, da arte retratada na Idade da Pedra em pinturas e esculturas em diversos lugares da Europa, dois tipos de representação da obesidade foram encontrados.
O primeiro, caracterizado como obesidade do tipo glútea, supõe-se estar associado ao armazenamento temporário de energia a fim de garantir a sobrevivência da espécie humana, uma vez que o alimento era escasso e trabalhoso de ser conseguido.
O segundo, é nomeado de obesidade abdominal ou visceral. Contrastando com o primeiro, parece relacionar-se com a fartura de alimentos e o sedentarismo, o que, por sua vez, levou a uma série de enfermidades associadas aos hábitos pouco saudáveis.
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