Não há dúvida de que o ritual das refeições tem lugar garantido na vida.
A comida satisfaz e acalma, energiza e reanima, e mais, há algo profundamente cultural e espiritual em sentar-se à mesa e levar um garfo ou uma colher à boca com prazer. O que colocamos na boca diz muito a respeito de quem somos, do que gostamos e de como vivemos. Obviamente, com isso vem a realidade de que o que ingerimos ajuda a determinar a aparência física e como nos sentimos, se estamos ou não acima do peso, abaixo do peso, prontos para correr uma maratona, correndo o risco de ter resistência à insulina e diabetes, capazes de nos recuperarmos rapidamente de doenças ou de posse de um arsenal de armas para resistir às doenças relacionadas à idade, as quais ditam também a aparência física.
Ninguém há de negar a conexão comida e humor. Existem inúmeras maneiras como os hormônios afetam os caminhos bioquímicos e seu estado psicológico, que, por sua vez, influencia sua saúde física e sua beleza. Quando voce está com fome, age como quem está com fome, buscando sua próxima fonte de energia, na esperança de que esta lhe proporcione estímulos físico e mental. Provavelmente, fica mal-humorada também, e se importa mais em conseguir alguma coisa para colocar na boca, o que quer que seja. Se encontrar um alimento rico em açúcar, seus níveis no sangue subirão rapidamente e, como reação, a insulina correrá para escoltar o açúcar até as células, onde poderá ser usada para produção de energia e para o metabolismo. O corpo secreta insulina em profusão quando está diante de grande quantidade de açúcar, a fim de que não haja excesso desta no sangue.
Prevenir essa montanha-russa de hormônios na corrente sanguínea, que provoca uma reação ao estresse, tem a ver com manter em equilíbrio os níveis de açúcar no sangue. Para isso, é preciso escolher carboidratos, ricos em fibras, proteínas magras e gorduras saudáveis, que retardam a digestão.
O fato de os alimentos poderem desencadear resposta ao estresse é significativo. Diversos estudos mostraram que uma resposta exagerada ao estresse está associada à compulsão por comer, a alterações na química do sangue e nos hormônios.
Muitas pessoas pensam na gordura como algo sedentário, mas é o contrário: a gordura é altamente ativa, podendo gerar até mensageiros e substâncias químicas próprias, inclusive hormônios.
Portanto, a lição é clara: é importante alcançar e manter o peso ideal e a proporção de músculos para gordura.
Tudo de que o organismo necessita para funcionar com eficiência, da maneira ideal, pode ser encontrado nos alimentos.
Precisamos de comida para viver, para manter a estrutura e função das células e para apoiar e abastecer os sistemas que nos mantêm fortes _ do sistema imunológico ao digestivo, respiratório, circulatório, etc. Entretanto, alguns alimentos carecem dos nutrientes de que necessitamos, e quando consumimos com frequência alimentos e bebidas pobres em nutrientes e ricos em elementos prejudiciais, como gordura hidrogenada, gordura saturada e açúcar refinado, além de conservantes, corantes e sabores artificiais, estamos nos preparando para o declínio da saúde.
Além disso, o estresse por nós vivenciado pode rapidamente esgotar o suprimento dos nutrientes de que tanto precisamos, a ponto de nos tornarmos deficientes em alguns nutrientes essenciais aos mecanismos naturais de defesa. Sem suprimentos próximos e sem sua contínua reposição, as chamas do envelhecimento, e, quando o estresse é crônico, o efeito cascata entre hormônios, substâncias químicas e radicias livres prepara o palco para o envelhecimento acelerado e possivelmente irreversível.
Não há nada de errado em comer, por exemplo, fast-food e açúcar com moderação; o problema está no abuso crônico desses alimentos pobres em nutrientes. Mas, é verdade que a moderação é essencial para criar uma relação bem-sucedida com a comida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário