As mulheres são seres sublimes, sensíveis e guerreiras, ao mesmo tempo, capazes de conduzir a vida com leveza e harmonia, além de serem donas de uma intuição privilegiada, que as enlouquece de vez em quando, mas na maioria das vezes ajuda.
Nosso maior desafio é diante do momento atual que vivemos. Após anos exigindo direitos e liberdade de escolha diante da vida e do mundo, criando capacidade para concretizar os desejos profissionais, existenciais, esquecemos que somos também frutos de uma geração que foi educada para ser frágil.
Além de tudo o que desejamos concretizar, como ter uma carreira bem-sucedida, ganhar bem, ter um forte poder de escolha, entre outras coisas, ainda há a casa. No meio de tudo isso, quem cuida dela? Voce, quando chegar da sua jornada, ainda será esposa, mãe, administradora do lar. Que tal?
Ninguém a estará esperando com uma massagem nas costas, um presente carinhoso...
Perceba as ansiedades e aflições que passamos no campo profissional e também em relação aos filhos e à casa.
As mulheres fizeram uma grande revolução pela conquista do espaço masculino, mas não podem abandonar o antigo posto que desempenham no lar. Quando elas apenas cuidavam do bom andamento das coisas em casa, seus serviços não eram valorizados. Hoje, com uma rotina de trabalho igualada à masculina, ela cumpre inúmeras jornadas, correndo de um lado para o outro, fazendo tudo o que fazia antes e mais, muito mais.
No Brasil, ainda podemos encontrar mulheres que dedicam a maior parte de sua vida exclusivamente à família. Porém com menos frequência isso acontece, pois até mesmo por uma questão econômica esse comportamento está mudando. A maioria cumpre a tripla jornada, cuidando dos filhos, da casa e da vida profissional.
A nova mulher dedica parte da sua juventude aos estudos ou começa a trabalhar cedo. A maioria delas gosta da profissão que exerce, mas acha que falta tempo para si própria.
Hoje a vida profissional é vista como prioridade. Existe o desejo de ser independente e bem-sucedida, principalmente com o objetivo de construir um relacionamento sem ser anulada pelo tradicional modelo do casamento, em que os projetos e as necessidades da mulher estão em segundo plano em relação ao do marido. Conciliar a vida profissional com casa e marido assusta a maioria das mulheres. Muitas estão protelando a gravidez, pois não sabem como será lidar com filhos e trabalho.
A maioria das mulheres quando se aproxima dos 30 anos, fase em que já se dedicou à vida profissional, começa a pensar em ter filhos, e um companheiro. Algumas convivem com a ansiedade e com certo receio de o tempo passar e não poderem mais ter filhos, já que esse parceiro parece nunca chegar.
Muitas vezes, a mulher cede às cobranças do mundo e à lei ditatorial da imagem. Ela tem uma grande missão a cumprir: malhar e ter um corpo perfeito, cuidar bem dos filhos, ter um companheiro, ser uma ótima amante, bem-sucedida no trabalho, ser bonita e sorrir. A mulher que encontrava resistência não apenas da sociedade, mas principalmente dos pais e maridos, esqueceu que a maior resistência parte dela mesma. Muitas de nós fomos educadas para se ver de fora, a partir do pressuposto masculino. Não se sentindo no direito de dizer: eu sinto, eu quero, eu desejo, eu sou. Esses valores são confusos, ela olha para si mesma e muitas vezes não se sente realizada. Coragem!
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